Embora o tratamento médico abrangente, em especial o advento de medicamentos específicos (beta-bloqueadores e inibidores da ECA) e o advento de novos dispositivos (marcapassos ressincronizadores e cardiodesfibriladores) tenham levado à queda significativa da morbidade e mortalidade relacionadas à insuficiência cardíaca (IC), a taxa de morte ainda é maior do que aquela relatada para os tumores malignos mais comuns.

A IC tem uma taxa de mortalidade anual de 19%, com uma mediana de sobrevida de 2,3 anos em homens e 1,7 anos em mulheres, mas como existem múltiplas etiologias, essa taxa é variável. Os piores desfechos foram relatados na IC relacionada à infecção por HIV, infiltração cardíaca (amiloide) ou toxicidade cardíaca (devido drogas quimioterápicas, especialmente antraciclinas), enquanto que a mortalidade relacionada à doença arterial coronariana (DAC – miocardiopatia isquêmica) é maior do que a a da IC idiopática. Por outro lado, a insuficiência cardíaca com FEVE preservada (ICFEP) parece apresentar melhor prognóstico, com taxa anual de mortalidade de 8-9% em alguns relatos.

A DAC, a hipertensão arterial (HA), valvopatia e diabetes são os fatores predisponentes mais importantes para o desenvolvimento da IC. Ao longo dos últimos 50 anos, a prevalência da DAC e do diabetes aumentou, enquanto que a da valvopatia e da HA diminuiu, mas que mesmo assim continuam sendo causas comuns de ICFEP em pacientes idosos.

Por se tratar de doença grave, com taxa de mortalidade muitas das vezes superior a muitos tipos da câncer, é importante a intervenção precoce, com diagnóstico correto, identificação e correção da causa etiológica, elaboração de estratégia terapêutica correta por especialista e principalmente combate aos fatores desencadeantes principais e mudanças de estilo de vida.

REFERÊNCIAS

Bleumink GS et al. Quantifying the heart failure epidemic: prevalence, incidence rate, lifetime risk and prognosis of heart failure. The Rotterdam Study. Eur Heart J. 2004 Sep 25 (18): 1614-9.

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