Insuficiência cardíaca (IC), também denominada falência do coração ou coração grande (coração de boi), é uma síndrome cardiológica que decorre de uma série de doenças, cujo resultado final ocasiona a disfunção do órgão.
Os principais sintomas relacionados a IC são, dispnéia (falta de ar), cansaço fácil e progressivo, inicialmente aos grandes esforços e posteriormente aos médios e pequenos esforços e até mesmo em repouso. Aparecem inchaços (edemas) de membros inferiores, o fígado fica sensível e aumentado de tamanho e as veias do pescoço dilatadas. Pode ocorrer congestão dos pulmões (excesso de líquidos) que leva a falta de ar intensa e a pessoa não consegue dormir e permanece sentada a maior parte do tempo.
A instalação da IC pode ser aguda (rapidamente) ou crônica, dependendo de sua etiologia. Existem causas reversíveis. O mais importante é a identificação precoce para que o problema possa ser revertido ou controlado o mais rápido possível, a fim de se evitar a progressão para estágios mais avançados e até mesmo irreversíveis.
A atuação do cardiologista é fundamental. O profissional qualificado irá inicialmente reconhecer o problema, estratificá-lo através de história e exame físico, identificar situações agravantes (arritmias, infecções etc), traçar um plano terapêutico inicial, a fim de aliviar os sintomas ou amenizá-los e solicitar exames como eletrocardiograma, laboratório completo, RX de tórax e ecocardiograma. Uma vez quantificado o problema e otimizada a medicação é importante que o especialista prossiga com a investigação para que a etiologia ( entupimento das artérias do coração, hipertensão, infecções bacterianas ou virais, uso de certas drogas e quimioterápicos, problemas nas válvulas, arritmias malignas, entre outras) seja estabelecida.
Reconhecida a origem da falência cardíaca, o plano terapêutico pode ser elaborado de forma mais precisa, tornando-se eficiente e eficaz. A reversão da patologia de base aumenta a sobrevida e as chances de sucesso.
A conversa inicial do médico com o cliente é crucial para que a pessoa, entendendo o que está enfrentando, possa ter a aderência necessária ao tratamento proposto. Comprometimento e disciplina são fundamentais para evitar-se descompensações subsequentes. Muitas das vezes serão necessários vários medicamentos e se não houver uma boa relação médico – paciente, as crises tornam-se frequentes, com sérias consequências.
É importante salientar que além das medidas farmacológicas (remédios), o tratamento não medicamentoso, deve ser seguido de forma correta. A limitação da ingesta de líquidos (a ser calculada dependendo do estágio da IC), a dieta (com pouco sal na maioria dos casos) e dormir com a cabeceira elevada, são medidas utilizadas. Quanto à pratica de exercícios, esta deve ser estimulada, mas somente após avaliação específica, para determinar o limite de cada um e na maioria das vezes supervisionada, em programa de reabilitação cardíaca. Nos casos descompensados o repouso é sugerido, a fim de evitar-se qualquer sobrecarga ao coração.
A intervenção multiprofissional, com enfermeiro, nutricionista, fisioterapeuta e psicólogo ajuda na busca de controle mais adequado, especialmente nos casos mais avançados. Quando as medicações otimizadas ao máximo e as medidas não farmacológicas já não fazem efeito, o cardiologista indica outros tipos de tratamento, que vão desde implantes de marcapasso especial, cirurgias cardíacas e em último caso o transplante cardíaco.

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