Muitas pessoas ao sentirem dor no peito, de imediato pensam num possível infarto. Para que se tenha um diagnóstico confirmado, pelo menos dois critérios de três devem estar presentes: sintomas clínicos característicos, alteração no eletrocardiograma e dosagens enzimáticas elevadas no sangue.
Destes o reconhecimento preciso dos sintomas são os que geram mais dúvidas nos profissionais de saúde e nas pessoas em geral. Realmente, o diagnóstico nem sempre é fácil, mas algumas características ajudam a ter maior precisão.
O cardiologista ao se deparar com alguém queixando-se de dor no peito, inicialmente vai procurar saber qual o perfil de risco desta pessoa. Este é o primeiro passo para avaliação. Pacientes considerados de alto risco, como diabéticos, hipertensos, idosos, fumantes, pessoas com antecedentes de doença coronariana (infarto prévio, procedimentos de revascularização, sejam eles cirúrgicos, ponte de safena, ou percutâneos, stents), devem ter seus sintomas mais valorizados, mesmo quando mais discretos. Por outro lado, pacientes considerados como de risco mais baixo, como por exemplo, jovens sem antecedentes pessoais e familiares importantes, somente devem ser internados ou submetidos a exames mais invasivos, quando o quadro clínico for muito característico.
O segundo passo na investigação clínica é identificar as características da dor. Se a dor é anginosa ou não. A dor do infarto é uma dor forte, em aperto, que em geral tem duração maior que 20 minutos, pode irradiar para os braços (especialmente o esquerdo) ou mandíbula, desencadeada por esforço, aborrecimento ou emoção, mas que também poderá surgir mesmo em repouso, dependendo do perfil de risco da pessoa e seus antecedentes. Pode vir acompanhada de sudorese fria, náuseas e vômitos. Essa seria uma dor classificada como tipo A. Dores que não preenchem esses critérios, em pontada, que pioram com a movimentação do tórax ou com a compressão do mesmo, em pacientes de baixo risco, são consideradas não anginosas (tipo D) e tem como principal origem e diagnóstico diferencial problemas na coluna e músculo esqueléticos.
Pacientes com características intermediárias entre estas (tipo B, provavelmente anginosa e tipo C, provavelmente não anginosa) devem ter seu diagnóstico facilitado através de outros exames.
Sintomas que não a dor no peito, também podem remeter ao diagnóstico de infarto. São os denominados equivalentes isquêmicos ( dispnéia, falta de ar repentina, que pode traduzir falência aguda do coração ou síncope, perda súbita da consciência) e estão presentes mais frequentemente em idosos, diabéticos e mulheres.
Por fim, a tomada de decisão, do profissional de saúde, deverá levar em consideração as características da pessoa vitimada de dor no peito, seus antecedentes pessoais e familiares, as características da dor propriamente dita, seu início, duração, irradiação, possíveis sintomas associados e a realização de exames complementares nos casos selecionados.
Procure o cardiologista, faça seus exames complementares, esclareça suas dúvidas e mantenha sua saúde em dia.

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