Medicina Descomplicada

O diabete mellitus é uma doença sistêmica, ocasionada pelo aumento de glicose (açúcar) no sangue, cuja incidência vem aumentando no mundo todo. Pode acometer pessoas de todas as idades e está relacionada a fatores genéticos e principalmente a hábitos de vida pouco saudáveis, como o sedentarismo e dieta calórica, levando à obesidade, que é o principal fator de risco.
Dosagem de glicose no sangue, em jejum, maior ou igual a 126mg/dl em duas ocasiões distintas, já serve para confirmar o diagnóstico de diabetes. Quando a glicemia encontra-se entre 100-125 mg/dl, já considera-se um pré-diabetes, provavelmente fazendo parte de um quadro de síndrome metabólica (obesidade, perfil lipídico alterado, hipertensão e glicemia de jejum alterada).
Existe o diabetes tipo I, denominado também insulino-dependente, que acomete pessoas mais jovens, sendo descoberto geralmente na adolescência e é ocasionado pela destruição de células do pâncreas, na sua grande maioria dos casos.
O tipo II é muito mais frequente e está intimamente relacionado com sobrepeso, porém este não é o único responsável. Deve-se entender que a doença é multi fatorial. Os pacientes tipo II, em algum momento de sua evolução, podem ter que usar doses de insulina, mas geralmente o tratamento começa com mudança de estilo de vida e caso não se consiga atingir a meta glicêmica, associa-se medicação hipoglicemiante oral.
É extremamente importante que a pessoa acometida de diabetes tenha consciência da necessidade de seguir o tratamento antes que os órgãos alvo (coração, cérebro, rins, retina e vasos sanguíneos) sejam acometidos. Os sintomas mais frequentes são cede exagerada (polidipsia), excesso de diurese (poliúria) e fome acima do normal (polifagia). Perda de peso inexplicada e acentuada, também pode ser um indício de doença descompensada, assim como infecções urinárias e ginecológicas de repetição. A identificação precoce é fundamental, considerando-se que muitos podem ser assintomáticos, a avaliação médica de rotina é primordial.
Quanto ao risco cardiovascular, é comprovada a forte relação do diabetes com a aterosclerose (entupimento das artérias com placas de gorduras) que aumenta consideravelmente o risco de infarto, derrame e doença arterial periférica. Além dessas doenças serem mais frequentes, também são mais graves quando ocorrem.
Todo paciente diabético é considerado de alto risco cardiovascular, especialmente os diagnosticados a mais de 10 anos. É função do cardiologista, fazer a busca ativa de doença arterial coronariana ( DAC ), escolhendo os melhores exames, dependendo do perfil de cada cliente e promover a intervenção adequada para o caso. O uso de medicações como estatinas (que reduzem o colesterol e diminuem a progressão da placa aterosclerótica nas artérias) e inibidores da enzima de conversão de angiotensina (IECAs), que protegem o rim, são importantes em situações específicas. Além disso medidas dietéticas, orientadas por profissional capacitado, prática de exercícios, técnicas de relaxamento e muitas das vezes acompanhamento psicológico são fundamentais para que se obtenha o controle adequado da doença.
Procure o cardiologista, faça seus exames complementares, esclareça suas dúvidas e mantenha sua saúde em dia.

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